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Matéria divulgada no site da do Instituto Camargo Correa, em 28.05.12.

28/5/2012 

 Costureiras do projeto Tecendo a Moda em Flor fazem visitas técnicas no RJ 

 
Foi uma semana cheia para um grupo de 32 costureiras da Cooperativa de Produção em Vestuário Moda Flor (Coopermoda), de Catalão (GO), que estão sendo capacitadas pelo projeto Tecendo a Moda Flor, uma parceria do Instituto Camargo Corrêa com o Sebrae-GO. Na segunda-feira, 21 de maio, uma viagem de mais de dez horas deu início a uma Missão Técnica à cidade do Rio de Janeiro.

A primeira parada, no dia seguinte, foi a Cooperativa de Trabalho Artesanal e de Costura da Rocinha (Coopa-Roca). A cooperativa, composta por moradoras da favela da Rocinha, começou em 1981 e hoje tem um loja em shopping center carioca e reconhecimento internacional. As costureiras cariocas deram dicas e falaram sobre as dificuldades, algumas vividas de forma muito particular, como as decorrentes da violência no morro. As cooperadas goianas visitaram também a loja no shopping. “Foi quando se depararam com a questão da importância da identidade do produto, algo que falamos muito”, conta Adriana Lopes de Felipe, gestora do projeto Tecendo a Moda em Flor no Sebrae-GO.

Para apresentá-las ao contexto da moda em grande estilo, a missão levou o grupo para conhecer o Fashion Rio, importante evento do calendário nacional e que reúne algumas das principais marcas do país. Lá, puderam perceber até onde podem chegar com o que fazem, contou Adriana. As costureiras de Catalão também tiveram a oportunidade de vivenciar a moda como negócio com uma visita ao Salão de Negócios Rio à Porter, que é o ambiente de negócios do evento. Não só fizeram um network com produtores, trocaram experiências, como entenderam o quanto um produto tem de ter qualidade para estar ali.

Amadurecimento

O grupo seguiu ao município de Petrópolis, na serra fluminense, onde conheceram a Associação da Rua Tereza, assessorada pelo Sebrae local e que mantém o maior shopping a céu aberto do país, com mais de 5 mil lojas. A associação apresentou às costureiras da Coopermoda todo o contexto necessário para se chegar ao amadurecimento profissional.

Por fim, visitaram o Centro de Tecnologia Química e Têxtil do Senai (Senai/CETIQT), principal centro tecnológico têxtil do Brasil. Lá, puderam conhecer as plantas de fiação, tecelagem, malharia, inovação e confecção, acompanhando o processo têxtil completo, desde o fio de algodão até o produto final.

“A maioria vai voltar para casa vendo o mundo de forma diferente. Houve uma mudança muito grande na forma de a gente pensar. O grupo amadureceu bastante com essa viagem”, contou a presidente da Coopermoda, Lurdes Silvéria Neves Silva, pouco antes de embarcar de volta à Catalão, na sexta-feira, 25 de maio.

Além das costureiras do projeto, também participaram das visitas técnicas representantes do Senai Catalão e da União dos Confeccionistas de Catalão e Região (Unicon), ambos parceiros do projeto. A Unicon foi convidada para proporcionar um vínculo entre os dois grupos, já que são clientes diretos da Coopermoda.

Leandro Pires, o consultor do Sebrae-GO que também acompanhou o grupo na viagem, conta que essa missão era almejada desde o início do projeto. “Elas não são apenas costureiras, são artesãs de costura, construtoras de moda. Um evento de expressão como o Fashion Rio não aconteceria sem as costureiras”, exalta. Aliás, segundo ele, está em falta no mercado nacional mão de obra qualificada nesse setor. O Sebrae está, inclusive, negociando parceria da cooperativa com grandes estilistas nacionais.

Tecendo a Moda Flor O projeto, que começou neste ano, está orientando 44 costureiras da Associação Tecendo a Moda em Flor para tornarem-se profissionais na gestão e na produção de ‘modinha’ - roupa feminina, na linguagem popular da região - e lingerie. O primeiro passo foi a formação da associação, através do projeto Tempo de Empreender – GO. 

Com o apoio da Prefeitura de Catalão, a Coopermoda montou sua sede. Logo, o local receberá 38 máquinas de costura que formarão uma linha de produção, de acordo com todas as normas e padrões de segurança. O objetivo é capacitar o grupo em dois anos. Só neste ano serão quase 12 cursos.

Foto: Divulgação/Sebrae-GO


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Convite de Trabalho

Semana passada, recebemos o convite de uma grande empresa de moda praia da cidade de Brasília-DF para faccionarmos biquinis e demais peças de banho para a confecção. As peças para observação já chegaram e já estamos mãos à obra na construção da peça piloto, e posterior negociação. A previsão são de 800 peças mês. É a união das costureiras de Catalão-GO começando a agitar a cidade.


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Postado em 13.07.11, às 16h30, por Leandro Pires






Associativismo
Costureira dá os primeiros
pontos na vida empresarial
Empreendedora individual é uma das 31 integrantes da Associação Moda e Flor de Catalão, 
criada para costurar a mais nova vocação do município

Maria Aparecida diz que não dava conta nem de enfiar uma linha na agulha, e agora já fez
curso de corte e costura, atendimento ao cliente, formação de preço, além de participar do 
Projeto Tempo de Empreender Goiás em Catalão.

O polo confeccionista de Catalão (GO), distante 258km de Goiânia (Capital do Estado), 
acaba de ganhar uma associação de costureiras locais. A entidade que tem o batismo
de Associação Moda e Flor integra 31 costureiras, que devem aproveitar uma das novas vocações

do município: produzir roupas íntimas.

Mais conhecida no Brasil como fabricante de veículos e mineração, a cidade reúne um 
número considerável de indústrias de lingerie, com 87 empresas instaladas.
O dado é da União das Indústrias de Confecção de Catalão e do Sudeste Goiano (Unicon),
que apresenta 18 empreendimentos associados.

A costureira Maria Aparecida Vaz de Souza, 42 anos, deve ajudar a multiplicar dia-a-dia os 
números da Unicon. Associada da Moda e Flor, a empreendedora individual fabrica roupas
íntimas na própria casa, onde mantém a empresa Souza Moda Íntima, que possui três máquinas

de costura. Atualmente, Maria Aparecida garante produzir cerca de 500 peças de lingerie e 
cuecas masculinas por mês. Toda a produção é vendida em Catalão, principalmente para 
sacoleiras. “Tenho aproximados 150 clientes”, conta. A clientela da Souza Moda Íntima 
compra produtos que variam de preço entre R$ 3,00 e R$ 11,00 (calcinha).

Ao todo, Maria Aparecida afirma ter investido cerca de R$ 5 mil em sua vontade de ser 
costureira. O sonho começou a tornar realidade em 2007, quando era diarista,
e resolveu fazer curso de corte e costura pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
(Senai-GO/Unidade Catalão). 
“Não dava conta de enfiar uma linha sequer na agulha!”, lembra Maria Aparecida, que não parou 
mais de especializar sua aptidão. “Virei a 'lêndea' ('piolho') do Sebrae [Serviço de Apoio às 
Micro e Pequenas Empresas]”, destaca, onde fez curso de moda íntima, Atendimento ao 
Cliente, Formação de Preço e participa do Projeto Empreender em Catalão. “Também tive 
consultoria do Sebrae em ‘Como Administrar uma Pequena Empresa’, observa a costureira.
Agora,  Maria Aparecida pensa em dar um salto de qualidade e produtividade, integrada à
Associação Moda e Flor. A empreendedora estima que a entidade possa promover mais
capacitação, crédito e visibilidade para o trabalho das costureiras de Catalão. “Imagino que
por meio da associação,  até mesmo linhas de crédito podem ser acessadas com mais 
facilidade”, prevê. O que deve alavancar outra aspiração de Maria Aparecida: “construir cômodo
para a Souza Moda íntima no quintal de casa”.

Casada, mãe de dois filhos (um já falecido), a costureira divide o tempo em casa entre as
roupas íntimas e o cuidado com a família. “Passo o dia no molde, corte e costura de lingerie 
e cuecas, mas, quando meu marido chega, o alimento vai à mesa cedo da noite, pois ele 
acorda de madrugada para ir ao trabalho”, revela, em meio a sorrisos, Maria Aparecida. 
O sorriso, segundo ela, é de felicidade de ajudar o marido no sustento caseiro, e dar conta de 
anter o cotidiano familiar praticamente intocável. “Por isso, acho a lei do Empreendedor Individual
é uma das mais importantes dos últimos tempos no Brasil”, observa.



Serviço:
Associação Moda e Flor de Catalão
Souza Moda Íntima: (64) 3411-6587/8116-6023
Sebrae – Regional Sul-Sudeste:             (64) 3441-2512      
Agência Sebrae de Notícias (ASN/GO):             (62) 3250-2268      




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Postado por Leandro Pires, em 21.01.11 às 09h32
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